Investir em energia solar custa 8 vezes menos que em termelétricas, diz WWF

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Investir em energia solar custa 8 vezes menos que em termelétricas, diz WWF

Estudo divulgado no último dia 28/09/15, pela organização não governamental WWF Brasil, mostra que a substituição do uso de energia fornecida por usinas termelétricas pela de geração solar fotovoltaica poderia gerar economia de R$ 150 bilhões no período de cinco anos. De acordo com o WWF, subsidiar a energia fotovoltaica em vez da termelétrica emergencial – usada atualmente diante da diminuição da geração hidrelétrica – é oito vezes menos custoso.

“A substituição das termelétricas incrementais por geração fotovoltaica distribuída mostra-se bastante viável. De acordo com o modelo apresentado no estudo, subsidiar essa forma de geração apresenta custo oito vezes menor. Mesmo em cenário em que, após cinco anos, os reservatórios voltassem ao patamar de segurança e não houvesse crise hídrica pelos 20 anos seguintes, o País teria economia da ordem de R$ 150 bilhões”, informa o estudo.

O WWF Brasil (Fundo Mundial para a Natureza, sigla traduzida em português) propõe transição gradual do modelo termelétrico para o fotovoltaico, em que o valor atualmente gasto para a contratação de energia das termelétricas seria reduzido, ao mesmo tempo em que seria aumentado o investimento na instalação de energia fotovoltaica por período de cinco anos. O objetivo é que, após esse tempo, a produção de energia fotovoltaica atinja 40 terawatts/hora (TWh) por ano, a mesma quantidade contratada hoje das termelétricas emergenciais.

TRANSIÇÃO GRADUAL

“Atualmente o governo tem gerado muitos incentivos econômicos para fazer a sustentação da segurança energética do País por meio de termelétricas. O que a gente propõe é fazer transição gradual para a energia solar, com esse tipo de energia funcionando como apoio à energia hidrelétrica no Brasil. E manter as termelétricas como backup, o que é o papel delas, em caso de necessidade, e não operando todo ano na mesma intensidade como a gente está vendo agora”, disse o coordenador de Mudanças Climáticas e Energia do WWF, André Nahur.

A substituição da energia termelétrica pela fotovoltaica, no entanto, ainda enfrenta o entrave da falta de financiamento no País. Segundo Nahur, países que estão fazendo a transição, como Alemanha, Japão e Itália, têm linhas de financiamento diferenciadas para a energia de base solar a cerca de 6% ao ano. No Brasil, o crédito para essa finalidade é pequeno e destinado a grandes projetos.

“Hoje em dia, as linhas de financiamento disponíveis são por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de alguns bancos privados. Precisaríamos de imediato de linhas diferenciadas de financiamento com juros em torno de 6% ao ano”, disse Nahur.

(Fonte: Agência Brasil)

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