Atrasado por não deter tecnologia de purificação do silício, país deve buscar parceiros no setor

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Atrasado por não deter tecnologia de purificação do silício, país deve buscar parceiros no setor

O presidente da Cemig, Mauro Borges, afirmou que o País enfrentará desafios para alavancar a cadeia produtiva da energia fotovoltaica. “A capacitação tecnológica é gargalo a ser superado, pois não dominamos a tecnologia de purificação do silício e sua transformação em cristal, insumo necessário às placas fotovoltaicas. Há risco de perdermos outra corrida nessa área. A base tecnológica da energia fotovoltaica é a mesma dos microprocessadores e o Brasil perdeu essa onda anterior”, alertou ele.

“Precisamos buscar grandes parceiros tecnológicos, que não disponham do índice de insolação que temos. O investimento numa refinaria de silício é da ordem de R$ 4 bilhões. Porém, o Brasil, até o momento, tem investido em fábricas de montagem de placas fotovoltaicas (R$ 100 milhões)”, comparou Borges.

Outro desafio foi apontado pelo presidente da estatal mineira: transmissão da energia gerada. “Teremos agora leilões de empresas geradoras de energia solar, mas é necessário pensar também em transmissão e distribuição”, ressaltou ele, citando problemas análogos da energia eólica, pois o governo incentivou a criação de usinas sem pensar na distribuição da energia. “A Cemig tem capacidade de distribuir cerca de 1,2 gigawatts, o que será insuficiente daqui a poucos anos, caso aumente muito a produção de energia”, informou ele.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, informou que os preços da energia fotovoltaica estão cada vez mais competitivos. “Há cerca de seis anos, o custo do megawatt/hora era de R$ 1.000,00, enquanto o da hidroeletricidade girava entre R$ 150,00 e R$ 180,00. Os valores caíram para R$ 400,00, até R$ 250,00. Em 2014, lançamos o primeiro leilão para energia solar e obtivemos o preço de R$ 300,00 por megawatt/hora”, indicou ele, que respresentou o ministro, Carlos Eduardo de Souza Braga.

Também participaram do encontro: secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso; gerente da Área de Infraestrutura do BNDES, Ana Raquel Martins, representando o presidente, Luciano Coutinho; presidente do Conselho de Administração da ABSolar, Nelson Colaferro; presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite; assessor da presidência de Furnas, Luiz Felipe Veloso, representando o presidente Flavio Decat de Moura; membro da Câmara da Indústria de Energia, Eduardo Nery, representando o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior; superintendente do Banco do Nordeste (BNB), João Nilton Castro Martins; presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos Ferreira Filho; presidente da Faemg, Roberto Simões; presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, Augusto Celso Franco Drummond; diretor da ACMinas, José Ciro Mota; prefeito de Nova Porteirinha, Raul Alves Rocha; prefeito de Lagoa dos Patos, Hercules Vandy Durães da Fonseca; prefeito de Patis, Vinicius Versiani de Paula; prefeito de Capitão Enéas e presidente da Amams, César Emílio Lopes Oliveira; prefeito de Mamonas e 2º secretário da AMM, Edivan Roberto Cardoso, representando o presidente Antônio Júlio de Faria; secretário de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Agricultura de Montes Claros, Sebastião Ildeu Maia; e presidente da Associação dos Irrigantes do Norte de Minas (Adirnorte/Montes Claros), Orlando Frota Machado Pinto.

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